quarta-feira, setembro 14, 2005

Mais uma do "nosso" presidente.

Forca contra "mamarracho"
Dezenas de residentes na urbanização impediram a colocação de um posto de transformação de energia eléctrica em pleno passeio, a poucos metros de um prédio de habitação

Cerca de duas dezenas de moradores da Urbanização da Forca, em Aveiro, boicotararam, ontem de manhã, a colocação de um posto de transformação de energia eléctrica (PT), num espaço destinado a passeio, a escassos metros de um bloco de apartamentos que tem canalização de gás por fora.

Os moradores barraram, com os automóveis, o local, uma pequena faixa de terreno, situada entre as ruas Dr. Fernando Oliveira e Lauro Curado, onde, na véspera, uma equipa de trabalhadores tinha estado abrir as fundações, e impediram a instalação do PT.

Alegam que o posto de transformação, "um mamarracho com quatro metros quadrados de área ao solo e dois metros de altura", na expressão de um morador, além de ser uma "enormidade" do ponto de vista do enquadramento urbanístico, coloca questões de segurança. "Além do ruído de funcionamento, é preciso ver que querem colocar o PT junto a um prédio que tem a tubagem de gás por fora", diz, por sua vez, Orquídea Lima, garantindo que os moradores "não vão tolerar, de forma alguma, que coloquem um PT à porta das suas casas.

"Ainda se não houvesse outra solução, mas há! Ora, se há uma alternativa, aqui bem perto, que não tem este impacto visual e ambiental, porque é que a Câmara teima em colocá-lo aqui?", interroga-se a moradora, lembrando que quem mora naquela zona da Urbanização da Forca, já "apanhou com um mamarracho enorme, uma torre de oito pisos e vários blocos com quatro , que impede até de respirar".

Apesar de todos os esforços, o JN não conseguiu, durante o dia de ontem, obter qualquer reacção da Câmara.

Os moradores estão decididos a não permitir um PT à porta de casa. "Isso é um dado adquirido!", dizem.

"Não precisamos de árvores. Precisamos é de espaço para respirar", reclama Orquídea Lima, quanto à possibilidade do PT ser "disfarçado" com recurso a árvores.

Há condomínios que admitem embargar a obra judicialmente.