sábado, maio 13, 2006
Edifício da estação vai albergar colecção de arte
O edifício da estação dos caminhos-de-ferro de Aveiro, quando for entregue à Câmara, vai albergar uma colecção de arte contemporânea com obras de Pomar, Cargaleiro, Vieira da Silva, Catarina Baleiros, entre outros artistas da escola modernista portuguesa, anunciou, ontem, o presidente do autarquia, Élio Maia, durante a sessão solene evocativa do Dia do Município, que decorreu no salão nobre da Câmara.
A instalação da colecção de arte contemporânea, em Aveiro, vai obrigar, segundo afirmou Élio Maia, à celebração de um protocolo entre a autarquia, o Instituto das Artes e a Universidade de Aveiro.
De acordo com Jorge Vaz de Carvalho, director do Instituto das Artes, trata-se de uma colecção do tempo da antiga Direcção Geral de Acção Cultural, que conta com mais de duas centenas de obras de arte (pintura, escultura, entre outros ) de artistas portugueses. "É importante que esta colecção não esteja armazenada, mas, sim, visível para o grande público", referiu.
Para Élio Maia, "trata-se de um projecto estruturante para a estratégia de desenvolvimento da nossa comunidade cuja expressão colocará Aveiro na rota internacional da arte e da cultura". "Um projecto a que insuflamos a ambição de associar a recuperação patrimonial do espaço próprio e do envolvente", disse.
O autarca lembrou Santa Joana, como padroeira do município e da diocese, cuja procissão, à tarde, teve a presença de milhares de pessoas, frisando que na sua herança "revisitamos a frugalidade e a contemplação espiritual, em oposição ao consumismo desenfreado".
O autarca prestou homenagem aos aveirense que perfilharam o liberalismo e por ele pugnaram até às últimas consequências, como foi o caso de Manuel Gravito e Manuel Luiz Nogueira, entre outros, e lembrou os "aveirenses que desafiaram o imobilismo autoritário do Estado Novo com a organização dos congressos da Oposição Democrtática".
O Patronato de Nossa Senhora de Fátima (Vilar), a Associação Industrial do distrito de Aveiro, Ulisses Rodrigues Pereira (título póstumo), padre Adérito Abrantes e Gilberto Madail foram agraciados pela Câmara, com medalhas de prata. com Paula Rocha
sexta-feira, maio 05, 2006
Élio Maia confirma que Câmara quer sair do Aveiro Basket
O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, confirmou ontem que a autarquia pretende abandonar a Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Aveiro Basket..
Não faz parte da «filosofia» do município aveirense «estar disponível para participar como accionista em sociedades anónimas desportivas», disse ontem o autarca, citado pelo «site» Notícias de Aveiro.
A «obrigação» da Câmara é garantir «desporto para todos», assumiu em declarações aos jornalistas, prestadas à margem do 3ª Simpósio do Desporto Escolar/06.
No entanto, a cedência da participação da autarquia na SAD ainda não tem um calendário conhecido, garantiu Élio Maia, referindo ainda que esse passo está dependente da resolução de problemas relacionados com a dívida do Aveiro Basket e com os suprimentos assumidos pela autarquia.
«Os princípios não se atingem ao outro dia, há questões que têm de ser analisadas», explicou.
O líder do município aveirense pronunciou-se ainda sobre a regularização das dívidas da autarquia ao Beira-Mar. O atraso no pagamento de 800 mil euros por parte da empresa municipal EMA ao clube tem suscitado algum mal-estar entre as duas partes, mas Élio Maia confia resolver o problema pelo «diálogo». Citado pelo Notícias de Aveiro, o autarca eleito pela coligação PSD/CDS-PP advertiu que «os compromissos» da Câmara «são de tal ordem» que dificultam a liquidação das dívidas às instituições credoras.
A construção da pista de remo do Rio Novo do Príncipe, em Cacia, foi outro tema abordado por Élio Maia à margem do simpósio, mas apenas para referir que o processo está a decorrer «normalmente, com discrição e segurança». «Continuamos a acreditar», realçou.
O actual secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias – cuja presença no simpósio de ontem não se confirmou –, afirmou recentemente que o Governo não irá disponibilizar verbas para o projecto da pista de remo, apesar do protocolo que o anterior Governo assinou, em Maio do ano passado, com a autarquia aveirense comprometendo-se a suportar 50 por cento dos custos da empreitada.
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