quarta-feira, dezembro 28, 2005

Dívidas colossais na Câmara Municipal de Aveiro.

Capacidade de investimento «quase nula», capacidade esgotada para conseguir crédito bancário a partir de Janeiro são sinais de um clima de pessimismo na autarquia de Aveiro e «muito receio» dos primeiros meses do ano, segundo o presidente da autarquia, Élio Maia, em declarações na sessão de segunda-feira da Assembleia Municipal.

Há «dívidas colossais», «promessas por cumprir», «penhora de bens»,«cláusulas de indemnização que já ultrapassam 100 mil contos», «viagens ao Brasil e ao Japão por pagar», «compromissos muito grandes por realizar, compromissos com o Beira-Mar» que contabilizou em cerca de 300 mil contos, mais a construção da sede e pavilhão, dívidas a «tipografia», «associações», «agências de viagens», concluiu.


A Câmara tem 45 milhões de receitas e anunciou 180 milhões de euros de dívidas por pagar. Desses 45 milhões, depois das despesas, restam 5 milhões para pagar dívidas, segundo o vereadro das finanças, Pedro Ferreira.

Por isso, Élio Maia diz que será necessário ter «imaginação» e reduzir despesas, salientando que a autarquia tem «menos um vereador a tempo inteiro», além de dizer que «acabaram os jantares, as festas e os foguetes».

Mesmo assim vai tentar pagar dívidas, principalmente a pequenas empresas, credores de valores como 5.000 euros ou 1000 euros que se não for pago pode representar o encerramento ou o despedimento de funcionários. Para conseguir pagar essa dívidas a Câmara prepara a contracção de um empréstimo bancário.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Realização de Auditoria ás contas da Câmara Municipal de Aveiro.

O presidente da Câmara de Aveiro anunciou, ontem à noite, a decisão de realizar uma auditoria às contas da autarquia.

O Executivo deverá aprovar a proposta ainda este ano. O anúncio foi feito durante a sessão da Assembleia Municipal de Aveiro, depois de o PS ter feito chegar à mesa do plenário uma recomendação para a realização de um exame exaustivo às contas municipais, uma proposta secundada pela bancada do CDS-PP.

"Estamos todos interessados na procura da verdade e não podemos construir o futuro assente na dúvida", afirmou Élio Maia que não deixou de manifestar o seu agrado pela posição unânime assumida pela Assembleia Municipal.

De acordo com os números apresentados pelo executivo camarário, o valor da dívida da Câmara de Aveiro atinge os 180 milhões de euros.

O passivo a médio e longo prazo chega aos 101 milhões de euros, enquanto a dívida a curto prazo ronda os 33 milhões.
15 milhões de euros é o valor da dívida das empresas municipais a que se juntam cerca de 30 milhões que respeitam a dívidas à SIMRIA, clubes e associações.

Assembleia Municipal aceita pedido de auditoria às contas da autarquia.

A dívida da Câmara de Aveiro deverá rondar os 180,6 milhões de euros. O número foi divulgado ontem à noite na Assembleia Municipal local. Segundo a autarquia, a dívida de médio e longo prazo ultrapassa os 101 milhões de euros e a dívida de curto prazo ronda os 33 milhões de euros.

O levantamento da situação financeira feito pelo novo executivo municipal apurou ainda dívidas das empresas municipais na ordem dos 15,3 milhões de euros e 30,6 milhões de euros de dívidas e empresas como a SIMria, clubes, associações e juntas de freguesia.

Os documentos que revelam a dívida apurada foram distribuídos durante a sessão. O deputado do PS, Raul Martins, não os considerou credíveis e pediu uma auditoria externa às contas públicas.

A necessidade de realizar uma auditoria externa às contas da Câmara de Aveiro gerou consenso junto das restantes bancadas. Para Santos Costa, do CDS-PP, a auditoria deve ser realizada ou pelo Tribunal de Contas ou pelo Ministério das Finanças.
Os números da divida não surpreenderam a bancada social democrata. Ontem à noite, Manuel António Coimbra também defendeu a realização de uma auditoria.
Para o deputado da CDU, António Regala, o exame exaustivo às contas municipais é o caminho a seguir. Também Arsélio Martins, do Bloco de Esquerda, concordou com a auditoria.

O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, já anunciou que vai pedir a uma auditoria às contas da autarquia.

A Assembleia Municipal de Aveiro continua na próxima sexta-feira, às 20h30, no edifício da antiga capitania do porto de Aveiro.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Alguns pormenores do Orçamento para 2006.

A Câmara de Aveiro prevê um investimento de 12 milhões de euros na construção da pista de remo do Rio Novo do Príncipe, em Cacia, mas apenas em 2007, apurou o Diário de Aveiro. A «execução e construção das infra-estruturas hidráulicas da pista olímpica de remo e canoagem» é um projecto para o qual apenas serão canalizados 25 mil euros no próximo ano, de acordo com as Grandes Opções do Plano e Orçamento de 2006.

A construção da avenida entre a Estrada Nacional 109 e o largo da igreja de Santa Joana (714 mil euros) e da avenida da Quinta do Cruzeiro (108 mil euros), a melhoria das condições dos tabuleiros rodoviários da passagem inferior de Esgueira (123 mil euros) e a edificação do novo canil municipal (278 mil euros) são investimentos previstos para 2006.

A Câmara liderada por Élio Maia vai ainda gastar 3,5 milhões de euros em despesas relacionadas com a recolha e tratamento de resíduos sólidos, cem mil euros por 15 concertos da Orquestra Filarmonia das Beiras, 17,8 mil euros em expropriações de terrenos para o Parque Desportivo de Aveiro, 1,2 milhões de euros em protocolos e subsídios com instituições desportivas, 416 mil euros num protocolo com a Refer para a supressão e reconversão de passagens de níveis, 1,2 milhões de euros na beneficiação de arruamentos e um milhão de euros no projecto do terminal fluvial de viaturas e passageiros no forte da Barra e São Jacinto, entre outros projectos.

As Grandes Opções do Plano e Orçamento de 2006 apontam ainda para despesas avultadas associadas a operações da dívida autárquica – no âmbito dos planos de pormenor do Centro e do Mário Duarte, a autarquia vai despender um total de 31 milhões de euros devido a acções de «leaseback».

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Plano de actividades e orçamento da CMA on-line

A Câmara Municipal de Aveiro disponibiliza on-line o plano de actividades e o orçamento da autarquia para 2006.

Os documentos podem ser consultados na página de Internet da Câmara, em
www.cm-aveiro.pt.

O plano de actividades e o orçamento, de cerca de 152 milhões de euros, foram aprovados na última semana em reunião de câmara.

Carecem ainda de aprovação da Assembleia Municipal de Aveiro.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Grandes Opções do Plano e Orçamento para o próximo ano de 2006

O Plano Plurianual de Investimento, as Actividades Mais Relevantes e o Orçamento para o ano de 2006 procuram corresponder a dois objectivos:

- adaptarem-se à realidade económica-financeira deficitária da autarquia Aveirense;

- não obstante esse quadro, prosseguir os investimentos necessários ao desenvolvimento Integrado do Concelho.


Sendo este o primeiro Plano e Orçamento deste mandato, consagra, naturalmente, a continuidade de alguns dos projectos iniciados pelo anterior Executivo.

Na Polis, que em 2006 terá o seu terminus, prevê-se a inauguração do mercado Manuel Firmino, a construção da nova ponte pedonal sobre o Canal de S. Roque e a requalificação urbana que se estenderá para a zona da antiga Lota.

Em consenso com os Srs. Presidentes das Juntas de Freguesias foi possível manter um conjunto de intervenções em que a Câmara delegará as suas competências nos executivos das Freguesias, assim como a transferência suplementar de 50% do valor que lhes é atribuído pelo Orçamento Geral do Estado.

Este programa exige colaboradores motivados e qualificados, o que se pretende através do investimento na formação das pessoas, na sua valorização profissional e no ambicioso programa de certificação que se encontra a decorrer.

Exige também uma elevada dose de responsabilização e de contenção para que o esforço seja válido.

domingo, dezembro 11, 2005

Ligação Aveiro/Salamanca em reflexão.

Élio Maia, Presidente da Câmara Municipal de Aveiro falava, sábado de manhã, em Aveiro, na abertura de uma cimeira luso-espanhola para reflectir sobre os projectos do TGV e do novo aeroporto da Ota.

O autarca criticou as alterações assumidas pelo actual Governo socialista ao remeter para uma segunda fase do projecto nacional a ligação Aveiro – Salamanca.

“Foi uma expectativa prometida no passado que agora parece ver-se esfumar ou pelo menos remetida para um calendário tão remoto que não pode deixar de merecer incompreensão e discordância”, lamentou.

Para Élio Maia, a construção da linha de alta velocidade entre Aveiro e Salamanca é "um instrumento fundamental para concretizar o que todos queremos para Portugal”.

Para além de “rentabilizar investimentos no Porto de Aveiro”, seria “fundamental para o País” optar por esta ligação a Espanha e resto Europa considerado como “o traçado mais adequado”.

O edil teme que as novas opções governamentais “possam ter a ver com a alguma sustentabilidade da decisão do novo aeroporto da Ota”.

Ao preterir Aveiro – Salamanca, esqueceu-se “os estudos que indicam que a ligação serviria o Norte e Centro induzindo o desenvolvimento”, pois iria “comportar uma solução mista” (passageiros e mercadorias).

Nesta cimeira, que se prolonga durante a tarde de sábado, a posição assumida pela autarquia aveirense mereceu apoio solidário dos alcaides espanhóis de Ciudad Rodrigo e Salamanca, igualmente presentes na abertura dos trabalhos, que criticaram o Governo do País vizinho por recuar na pretensão de dar prioridade à ligação de TGV a partir de Aveiro.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Câmara avançou com rescisão do contrato de Miguel Lemos.

A Câmara Municipal de Aveiro já informou Miguel Lemos que vai rescindir o contrato que o liga à empresa municipal PDA-Parque Desportivo de Aveiro, confirmou ontem o JN junto de fontes ligadas ao processo.

Miguel Lemos ocupa o cargo de director executivo da PDA e tem um vencimento de 5800 euros, cerca do dobro do que aufere o presidente da Câmara de Aveiro, por exemplo.

A decisão é irreversível e já foi comunicada à Visabeira, o parceiro privado que detém 49% da PDA.

(JN)